ATA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA, EM 27.08.1996.

 

Aos vinte e sete dias do mês de agosto do ano de mil novecentos e noventa e seis reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às dezenove horas e quarenta e três minutos constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao Desembargador Milton dos Santos Martins, nos termos do Requerimento nº 136/96 (Processo nº 2397/96) de autoria do Vereador João Dib. Compuseram a MESA: o Vereador Isaac Ainhorn, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, o Desembargador Milton dos Santos Martins, homenageado, a Senhora Eliana Del Mese, Procuradora do Estado e representante do Senhor Governador do Estado nesta ocasião, o Desembargador Adroaldo Furtado Fabrício, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, o Senhor Voltaire Lima de Moraes, Procurador Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o Senhor João Pedro Rodrigues Reis, Procurador Geral do Município e representante do Senhor Prefeito Municipal nesta ocasião e o Coronel Irani Siqueira, representante do Comando Militar do Sul. A seguir, o Senhor Presidente registrou ainda, como extensão de Mesa, as presenças do Desembargador Celeste Vicente Rovani, Vice-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, representando, nesta oportunidade, o Desembargador Tupinambá Nascimento, do Senhor Montaury dos Santos Martins, irmão do homenageado, representando, nesta oportunidade, o Tribunal de Alçada do Estado, do Capitão Pércio Alvarez, representando o Comando Geral da Brigada Militar, do Senhor Luiz Alfredo Schutz, representando a Defensoria Pública do Estado, do Senhor Carlos Alberto Allgayer, representando a Pontifícia Universidade Católica, do Senhor Cláudio Maciel, Presidente da Associação de Juízes do Estado do Rio Grande do Sul- AJURIS, da Senhora Beatriz de Vasconsellos Martins, esposa do homenageado e de seus filhos Mont’Serrat Antonio Martins e Liege Vasconcellos Martins.Em continuidade o Senhor Presidente concedeu a palavra aos Senhores Vereadores que falariam em nome da Casa. O Vereador João Dib, pelas Bancadas do PPB, PMDB, PPS, PSDB E PST, salientou que sentia-se honrado falou que sentia-se honrado ser o proponente desta homenagem, dizendo das qualidades que fizeram do Desembargador Milton dos Santos Martins merecedor desta. O Vereador Clovis Ilgenfritz pelas Bancadas do PT e PCdoB, relembrou dos mais diversos cargos que o ilustre homenageado ocupou ao longo de sua carreira na Magistratura. O Vereador Nereu D’Avila em nome da Bancada do PDT, ressaltou a presente homenagem se extende também ao Tribunal de Justiça, do qual o homenageado já foi Presidente, sendo muito respeitado por seus concidadãos. O Vereador Jocelin Azambuja, em nome da Bancada do PTB, prestou sua homenagem, destacando as realizações do Homenageado em benefício de nosso Estado. O Vereador Reginaldo Pujol, em nome da Bancada do PFL, prestou sua homenagem dizendo da satisfação que Porto Alegre sente em ter como integrante de sua galeria de cidadãos o ilustre Desembargador Milton dos Santos, que oferece a comunidade o seu bom exemplo em realizar suas tarefas com lealdade, dedicação, e eficiência. Logo após, o Senhor Presidente convidou o Vereador João Dib para fazer a entrega do Diploma de Cidadão de Porto Alegre, e o Doutor João Pedro dos Reis, representando o Senhor Prefeito, e Procurador Geral do Município para fazer a entrega da medalha ao nosso homenageado. Em continuidade, foi concedida a palavra ao Desembargador Milton dos Santos Martins, que relembrou fatos importantes de sua trajetória e da sua relação com Porto Alegre, agradecendo muito sensibilizado a homenagem prestada a sua pessoa. Às vinte horas e quarenta e quatro minutos o Senhor Presidente agradeceu à presença de todos e, nada mais havendo a tratar, declarou encerrados os trabalhos. Os trabalhos foram presididos pelo Vereador Isaac Ainhorn secretariados pelo Vereador João Dib como secretário “ad hoc”. Do que eu, João Dib, secretário “ad hoc”, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente e 1º Secretário.

 

 

 

ERRATA

 

ATA DA VIGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA - EM 27.08.1996.

 

 

- Quando do registro da abertura dos trabalhos, onde se lê “(...)o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão Emérito de Porto Alegre(...)”, leia-se “(...)o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da presente Sessão, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre(...)”.

 

 

 

O SR. PRESIDENTE (Isaac Ainhorn) : Damos por abertos os trabalhos da 21ª Sessão Solene, destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Desembargador Milton dos Santos Martins.

Convidamos para compor a mesa o nosso homenageado, Desembargador Milton dos Santos Martins; igualmente, a Drª. Eliana Del Mese, Procuradora do Estado, representando, neste ato, S.Exa. o Governador do Estado; o Sr. Presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Desembargador Eduardo Furtado Fabrício; o Sr. Procurador-Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Dr. Voltaire Lima de Moraes; o Dr. João Pedro Rodrigues Reis, Procurador-Geral do Município, representando S.Exa. o Sr. Prefeito Municipal de Porto Alegre; o Cel. Irani Siqueira, representando o Comando Militar do Sul.

Gostaríamos ainda de registrar as presenças honrosas, solicitando que sintam-se como se fossem extensão desta Mesa: Desembargador Celeste Vicente Rovani, Vice-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, representando o Sr. Presidente Desembargador Tupinambá Nascimento; Dr. Montaury dos Santos Martins, irmão do homenageado, representando o Tribunal de Alçada do Estado; Capitão Pércio Brasil Alvarez, representando o Comando-Geral da Brigada Militar; Dr. Luiz Alfredo Schütz, representando a Defensoria Pública do Estado; Dr. Carlos Alberto Allgayer, representando a Pontifícia Universidade Católica; Dr. Cláudio Maciel, Presidente da AJURIS. Registramos, também, a presença da esposa do homenageado, Sra. Beatriz de Vasconcellos Martins, e dos filhos Mont’Serrat Antonio Martins e Liege Vasconcellos Martins.

Esta é uma Sessão singular que honra esta Casa e que, além da homenagem, do reconhecimento da Cidade de Porto Alegre, que nesta oportunidade, em Sessão Solene, formaliza a lei municipal que outorgou ao Des. Milton dos Santos Martins o título de Cidadão de Porto Alegre. Neste momento - não só como lei, mas a presença do Poder Judiciário representa igualmente o próprio registro público - é feita a verdadeira averbação do registro dessa cidadania que, de fato, o homenageado há muito já tinha conquistado pelo respeito, pela seriedade, pelo saber, pela competência que é a sua própria história na Magistratura Rio-Grandense, tendo galgado a maior posição, que foi a de Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, onde deu continuidade àquilo que, nós diríamos, é uma trajetória de honra e de dignidade da história da Magistratura do Rio Grande do Sul. Por essa razão, esta Casa se sente extremamente honrada. Próxima aos seus 223 anos de existência, uma das mais antigas instituições do nosso Estado, às vésperas das comemorações do seu aniversário, presta, na pessoa do Des. Milton dos Santos Martins, por ocasião da entrega solene do título de Cidadão de Porto Alegre, também extensivamente as suas homenagens à Magistratura Rio-Grandense. Esta iniciativa do Ver. João Dib, respaldada pela unanimidade dos Vereadores desta Casa, representa inegavelmente um reconhecimento aos méritos, ao trabalho e à Magistratura Rio-Grandense. Como autor do Projeto de Lei, falará o Ver. João Dib, como proponente e pela sua Bancada, pelo PMDB, pelo PPS, pelo PSDB e pelo PST.

 

O SR. JOÃO DIB: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) Confesso que é absolutamente difícil, numa noite como esta, falar na pessoa do homenageado, dizer das suas qualidades. Falar sobre o magistrado? Falar sobre o professor? Falar sobre o político? Os Anais da Casa registram tudo o que se poderia dizer sobre ele. Os debates aqui acontecidos no momento da votação unânime registram todas as suas qualidades. Eu, realmente, encontro dificuldade em dizer para os seus amigos, para aqueles que o conhecem tão bem ou melhor do que eu, algo de novo. Não Tenho o que dizer, realmente. Mas, meu caro Dr. Milton, nos 25 anos de Câmara é a segunda vez que eu propus um título de Cidadão de Porto Alegre. Quando eu fui procurado, lembrando o seu nome, eu disse que eu é que me sentia honrado em fazer, pela segunda vez, a propositura de outorga de um título de Cidadão de Porto Alegre para alguém que o merecia, por todas as condições. Eu sempre digo que ninguém consegue nada sozinho. O Dr. Milton subiu na vida, e subiu tanto quanto podia subir, tocou as estrelas e não tirou os pés do chão. E aí, eu diria, é uma qualidade que eu reconheço no Dr. Milton: a simplicidade. Nada mudou este homem culto, inteligente, brilhante, respeitado, mas absolutamente simples. É muito difícil ser simples, Dr. Milton e o Senhor o conseguiu. Eu fico perfeitamente à vontade de dizer que eu é que me sinto honrado hoje, quando V.Sª. recebe este título que acho profundamente merecido, não só eu, mas os 33 vereadores da Casa. Também sempre disse que ninguém recebe homenagem sozinho. Para que esta homenagem acontecesse, é bom lembrar que aquele jovem recém-formado tinha uma moça a seu lado, que, nos seus momentos mais difíceis, o incentivou. Depois vieram a D.Beatriz, o Dr. Milton, a Liege, o Mont’Serrat Antonio, a Míriam, a Márcia. E, cada vez que o Dr. Milton levava os seus problemas para casa, encontrava um plenário capaz de aplaudí-lo sempre e incentivá-lo para ir mais adiante. É por isso que ele conseguiu, somando esforços, dando o melhor de si, chegar onde chegou: ao ponto maior da carreira de um magistrado. E sempre mantendo a simplicidade.

Nós temos absoluta certeza de que este carinho de magistrado, de professor, de político, vai ser mantido; que o Senhor vai continuar servindo ao seu Estado, à sua nova Cidade. Não será só Soledade, será também Porto Alegre, porque a outorga do título diz que nós confiamos no senhor, que confiamos nessa simplicidade, que nós confiamos nessa competência. Nós temos absoluta convicção de que tudo isso será continuado em prol da grandeza do Rio Grande, de Porto Alegre e do nosso querido Brasil. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Clovis Ilgenfritz está com a palavra: falará pela Bancada do PT e pelo PCdoB.

 

O SR. CLOVIS ILGENFRITZ: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes. Eu falo em nome da Bancada do PT, dos meus dez companheiros, e também, com muita honra, pelo PC do B, do Ver. Raul Carrion. É para nós um momento de muita honra e também difícil. Falou antes de mim um engenheiro que confessou a dificuldade em falar diante de magistrado como o senhores. Eu sou arquiteto, estou na mesma linha. Pensei algumas coisas semelhantes. Mas quero que me desculpem desde já.

O que importa para nós é dizer que o Partido dos Trabalhadores, com toda a sua Bancada, está presente, fazendo esta homenagem também.

Queremos dizer que conhecemos de longa data o nosso homenageado, sabemos da sua história desde Soledade, como Vereador, que é uma coisa que soube há pouco tempo. Ele passou pela política, como nós, que estamos aqui, hoje. Passou por diversas instâncias e cargos os mais variados, na carreira da Magistratura. Presidiu várias entidades. Ultimamente, participou ativamente em  várias áreas: solenidades, no Tribunal Regional Eleitoral, sob a sua Presidência; no Tribunal de Justiça do Estado; nas associações da categoria; na Associação dos Juízes; Magistério; com artigos e publicações.

Sua história é riquíssima em todos os aspectos, e bonita também.

Nada mais válido do que, num momento como esse, um cidadão com toda esta história receber o título de Cidadão de Porto Alegre.

Nestes oito anos que estou na Câmara, tive oportunidade de oferecer dois títulos: um, para Mandella, Presidente da África do Sul, e outro para Demétrio Ribeiro, um dos decanos da nossa profissão de arquiteto, um dos mais respeitados do País.

Hoje, estou comungando deste momento, dizendo que temos muita coisa em comum na nossa visão de mundo. Queremos ao menos ser parecidos com o que V.SA. tem sido. Lutamos pela democracia, pela vida digna para as pessoas. Isto só acontece com o esercício da cidadania, das pessoas das mais diversas camadas sociais, independente de posses, credos, ideologias. Respeitamos o pluralismo da sociedade. Achamos que é fundamental que coexistam os diferentes matizes, com uma visão de democracia, de participação que a cidadania traz para cada um.

Também acho que é importante salientar a visão humanista e a simplicidade. Um professor de Cálculo, na Faculdade de Arquitetura, dizia para nós, na escola; “Ser simples, para ser claro”. Isso significa, neste discurso, ser transparente, ser aberto, ser espontâneo. Acho que essa qualidade V.Sa. transmite na simplicidade, mas também na transparência, na forma de ser. E uma cidade que já tem o crescimento da cidadania bastante grande ter um dos seus cidadãos homenageado é como homenagear a todos aqueles que dão exemplos para os cidadãos. Então o “Cidadão de Porto Alegre” é o cidadão exemplar, que faz a Câmara Municipal questão de homenagear de salientar, para que ele sirva de exemplo aos demais que estão seguindo a sua vida, tentando lutar pelos seus ideais.

Finalizo, Sr. Presidente: com todo o orgulho, com toda a honra, satisfação e emoção, estou aqui representando a nossa Bancada e o PC do B, para lhe trazer um abraço, desejar felicidades e agradecer por mais esse cidadão que nós podemos homenagear. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Nereu D’Ávila está com a palavra pela Bancada do PDT.

 

O SR. NEREU D’ÁVILA: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) É com muito orgulho que assumo à tribuna da Câmara para falar ao novo cidadão de Porto Alegre, Desembargador Milton dos Santos Martins. Creio que a homenagem ao Dr. Milton transcende a sua pessoa. Os outros oradores que me antecederam falaram da sua trajetória jurídica, da sua contribuição à Magistratura gaúcha. Homenageamos hoje o Desembargador meu conterrâneo ilustre - e temos também a presença de outro conterrâneo ilustre, ex-Deputado Estadual pelo legendário Partido Libertador, Dr. Gridbem Borges Castanheira, que muito nos honra com sua presença. A homenagem hoje, já que V.Sa. foi há bem pouco tempo Presidente do Tribunal de Justiça, é uma homenagem, também, ao Tribunal de Justiça pela sua eminência, pelo enorme respeito que seus concidadãos tem por esse Tribunal, sem demérito aos demais Estados, sem dúvida, da independência, do perfil hercúleo e reto do Tribunal de Justiça. Quando, por vezes, alguns menos ilustrados tentam vilipendiar essa independência, o Tribunal de Justiça tem mostrado a sua virilidade. O Desembargador Milton tem sido um dos expoentes desse Tribunal. Quando falo ao Desembargador, falo, também, como seu conterrâneo. Costumo dizer que Soledade é, por excelência, uma ótima madrasta, mas é uma péssima mãe, porque os seus filhos ilustres não tiveram, lá em Soledade, o reconhecimento pelos seus valores. Dentro dessa linha, eu também dei o Título de Cidadão ao Dr. Nelson da Silva Porto, ilustre cientista, reconhecido como, talvez, o maior radiologista da América e a quem Soledade não tributou, como a V.Sa., a homenagem pelo brilhantismo das carreiras na Magistratura ou na Medicina. Quando eu falo de Milton dos Santos Martins, lembro do velho José Mont’Serrat Martins, um dos maiores advogados de júri que Soledade jamais teve. Lembro - só para ilustrar como o Dr. Mont’Serrat era bom no júri - que meu pai, como jurado, dizia que, quando o Mont’Serrat era advogado, ele podia dormir durante o julgamento, porque votaria com ele, tal era a lógica, que não era matéria das faculdades de Direito, mas da qual o Dr. Mont’Serrat era professor. Também não posso deixar de registrar que o Dr. José Mont’Serrat Martins foi um ilustre Presidente do PTB de Soledade; Presidente do velho e legítimo PTB. Quando Brizola venceu as eleições, ele foi convidado para servir ao Governo aqui em Porto Alegre. Lá veio o Dr. Mont’Serrat Martins, o mais brilhante advogado de júri que Soledade teve, servir ao governo trabalhista de Leonel Brizola. Lembro também do velho Antoniquinho, Antônio Pereira de Vasconcelos, fui amigo de seu irmão, o “Grilo”, Antônio Carlos, da minha geração. Quando éramos guris, em Soledade, quando o ilustre Desembargador era juiz em Taquari, o Antonio Carlos foi morar junto em Taquari e, quando em férias em Soledade, relatava-me as grandes sentenças e o respeito que o Dr. Milton tinha na sociedade de Taquari. Particularmente, eu tenho uma dificuldade emotiva, porque procuro, aos meus conterrâneos ilustres, fazer com que sejam reconhecidos, porque nós todos temos aquela saudade das terras que nos projetaram para os grandes centros.

Eu costumo dizer que os grandes homens não se medem pelas suas vidas obscuras. A grandeza dos homens se mede pelos atos que eles praticam, pelas idéias que eles difundem ou pelos sentimentos que comunicam aos seus semelhantes. E as suas idéias o Dr. Milton difundiu, como ilustre e insigne professor de Direito deste Estado, o sentimento que sempre comunicou para aquele imenso universo de seus amigos, seus conhecidos, seus conterrâneos. Por isso, aí está a grandeza de um homem que, reconhecido pelo seu talento jurídico, é também venerado pela retilineidade da sua vida, quer pública, quer particular.

Portanto, acho que os seus filhos aqui presentes, a sua ilustre família, que também aqui está, a sua esposa e nós todos, aqueles que o admiramos, hoje estamos também repletos de felicidade, participando deste ato quando Porto Alegre fez esse reconhecimento, através do voto dos seus 33 Vereadores. O Ver. João Dib dizia que eu fiquei tão contente quando ele concedeu esse Título, como se fora ele, porque eu, desde criança, aprendi a admirar o talento e a honorabilidade pessoal de Milton dos Santos Martins.

Por isso, eu, que tenho uma convicção espiritualista, tenho a certeza de que o velho Mont’Serrat Martins está aqui hoje difundindo as idéias trabalhistas que eu também aprendi a admirar desde criança e abençoando o seu ilustre filho para quem hoje Porto Alegre se genuflexa porque, a partir de agora, tem o seu novo Cidadão de Porto Alegre. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Jocelin Azambuja, que falará pela Bancada do PTB.

 

O SR. JOCELIN AZAMBUJA: (Saúda os componentes da Mesa.) Nobres Vereadores, em especial, nosso Ver. João Dib, de tão feliz idéia de prestarmos esta homenagem ao Dr. Milton dos Santos Martins; demais autoridades aqui presentes, familiares do nosso homenageado, Senhoras e Senhores. O Partido Trabalhista Brasileiro não poderia, de forma alguma, deixar de estar aqui, neste momento, Dr. Milton, para lhe trazer um reconhecimento profundo por tudo aquilo que o Senhor tem feito e fez pelo nosso Estado, pela sua terra natal e por esta relação muito importante, que até gostaria de colocar, agora, neste momento, que é a sua relação na vida política como homem de um Poder Legislativo, que compôs, e, também, na função do Judiciário, principalmente porque nós vivemos um momento de grandes questionamentos em relação ao Poder Legislativo e ao Poder Judiciário. Fala-se no controle externo do Poder Judiciário, fala-se também em Direito alternativo, fala-se em relações com as quais a sociedade se preocupa profundamente. Questionam-se os partidos políticos, as composições legislativas, e a sociedade clama por uma relação cada vez mais de autenticidade, de força, de seriedade, de respeitabilidade em todos os setores, porque o nosso País carece profundamente ainda de avanços, de crescimento, de igualdade, de justiça, que o Senhor tanto buscou na sua vida, lá na sentença, meditando profundamente, ouvindo todas as partes; procurava ser correto, justo, imparcial nessa justiça por que tanto o nosso povo clama e que ainda tanto falta neste País que precisa tanto avançar, que precisa dar educação verdadeira para o crescimento da sua sociedade, que ainda tem as mais profundas distâncias entre as camadas sociais. Por falha nossa, como sociedade, por falha dos grupos políticos que estiveram ou estão no poder, não se conseguiu ainda dar ao povo brasileiro a justiça e a dignidade que merece. No momento em que Porto Alegre, que esta Casa Legislativa lhe presta homenagem, tornando-o um Cidadão de Porto Alegre, esta Casa também faz uma reflexão em cima da importância da contribuição que o homem público tem que dar à sua Cidade, ao seu Estado, ao seu País. V.Exa., sem dúvida nenhuma, soube dar uma grande contribuição ao nosso Rio Grande, à nossa Cidade, mas precisa dar mais ainda: todo o seu conhecimento, seu saber, sua vida, sua conduta têm que contribuir cada vez mais com o nosso povo. Todos nós precisamos assumir as nossas realidades e procurar, de todas as formas, cumprir com o nosso dever, de forma séria, responsável, fazendo com que a sociedade possa, de fato, acreditar nos seus homens públicos, nos poderes que constituiu, e que estão ali para lhe servir, para prestar a justiça de que precisam, para lhe dar condições e meios de vida digna. Precisamos, Dr. Milton, fazer com que, em cada momento, quando se presta homenagem a um cidadão ilustre como V.Sa., pelas suas condições pessoais, não podemos jamais esquecer que temos que buscar, de todas as formas, como sociedade, refletir profundamente sobre os nossos momentos para ver o que podemos, de fato, fazer para contribuir para tornar este País um grande País, que nós precisamos, realmente, construir. Muito obrigado por tudo que V.Exa. fez por Porto Alegre, que está dando o seu reconhecimento sincero. Os Vereadores desta Casa tiveram profundo orgulho de lhe prestar esta homenagem. Queremos que continue essa trajetória. Temos certeza de que ela está em pleno avanço. Mesmo tendo atingido o ápice da Magistratura, na carreira do Judiciário, tem muito ainda a contribuir para a nossa sociedade. Temos certeza de que vai fazê-lo. Peço perdão por não poder ouvi-lo na continuidade dos trabalhos, porque tenho um compromisso assumido anteriormente. Fiquei porque queria lhe prestar esta homenagem. Deixo o meu abraço e o abraço sincero dos meus companheiros do Partido Trabalhista Brasileiro. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para falar em nome do PFL.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: (Saúda os componentes da Mesa e demais presentes.) O Legislativo de Porto Alegre vive hoje um momento especial. Pessoalmente, eu tenho uma alegria muito profunda. Recebo a incumbência de ser o último dos Vereadores da Casa a se manifestar. Certamente as qualificadas condições dos oradores que me antecederam, nomeadamente o ilustre Ver. João Dib, proponente da homenagem, e os companheiros de representação política, Clovis Ilgenfritz, Nereu D’Ávila e Jocelin Azambuja, com muita propriedade já apontaram o perfil reconhecido da comunidade porto-alegrense e gaúcha do novo cidadão desta Cidade. Seguramente, a nossa presença na tribuna seria até uma redundância diante de tão qualificados pronunciamentos. Não obstante, eu verifico, na figura do Cidadão Porto-Alegrense Milton dos Santos Martins, algumas características que a mim, como liberal, impressionam sobremaneira. Basicamente, Dr. Lauro, verifico, no currículo invejável desse homem que, com justiça, o Legislativo de Porto Alegre fez Cidadão da nossa Cidade, uma característica constante; em quase todos os atos que foram trilhados pelo Dr. Milton há duas constâncias: a condição de que ora ele foi eleito e ora foi promovido por reconhecimento e merecimento. Na eleição e no merecimento estão as duas características fundamentais em toda a vida desse ilustre magistrado, desse grande advogado, desse homem que, como nós, já contribuiu para a vida pública, como Vereador do seu Município, deste educador, mestre que é de várias universidades do Rio Grande do Sul. Esse homem tem, ao longo de sua existência, essas duas características: a eleição e o merecimento. Nós aqui somos frutos da eleição e, de certa forma, do merecimento, porque só fomos aqui eleitos ou reeleitos em função do merecimento. Eu vi nesta característica um fato que me permitia gizar e que, de certa forma, já foi enfocado pelos colegas que me antecederam, mas eu quero dar a ênfase definitiva que ela merece ter. Eu desconfiava, Dr.Milton, que alguma coisa devia existir na sua vida que o fazia tão tranqüilo, tão sereno, tão competente nas suas funções dentro do magistério e tão qualificado nas suas atividades dentro da Magistratura. O segredo, Ver. Nereu D’Ávila, é fácil de encontrar: quem labutou na advocacia lá na Soledade, quem marejou por todos os cantos da Soledade na busca do voto popular, certamente teria aguçada a sua sensibilidade e, mais tarde, andando pela Taquari, pela Iraí, distribuindo justiça, essa sensibilidade foi-se plasmando mais e aí deu esse cadinho de situações que levaram a transformá-lo nessa figura tão singular que os meus pares, com tanta propriedade, destacaram no dia de hoje.

Eu vou pedir vênia ao meu querido amigo João Dib para reproduzir a colocação que ele fez hoje: “Não somos nós que estamos homenageando o senhor”. O senhor nos homenageia ao nos permitir que, atendendo à proposição do Dr. Dib, o senhor se transforme em um integrante destacado de nossa galeria de cidadãos ilustres. Certamente que a presença do Dr. Carlos Alberto Algayer, da Faculdade de Direito da PUC, do Décio Rubin, de tantos magistrados, do Gudben Bóris Castanheira, essa legenda da vida pública do Estado, é uma homenagem que Porto Alegre cogitou poder fazer e que a graça de Deus nos permitiu fazer neste dia. Muito obrigado, Dr. Milton. Porto Alegre se sente feliz em tê-lo como integrante ilustre de sua galeria de cidadãos, porque o que melhor nós podemos oferecer para a comunidade é o bom exemplo, e o bom exemplo é dado por aqueles que, com dedicação, lealdade, eficiência e espírito público realizam as suas tarefas. O senhor é o exemplo que, hoje, nós enaltecemos e oferecemos para toda a comunidade de Porto Alegre. Porto Alegre reconhece aqueles que nasceram em outras localidades e aqui vêm fazer o bem pela nossa comunidade, distribuir justiça e afirmar princípios, como o senhor toda a vida tem afirmado. Nós não somos de Porto Alegre, mas somos destacados por parcela da população porto-alegrense a representá-la nesta Casa, quando, atendendo à proposição do ilustre Ver. João Dib, o decano dos Vereadores da Cidade, por unanimidade, transformou Milton Martins em cidadão honorário da Cidade de Porto Alegre, com toda a justiça. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Convidamos o Ver. João Dib para fazer a entrega do diploma de Cidadão de Porto Alegre, o Dr. João Pedro dos Reis, representando o Sr. Prefeito, e o Procurador-Geral do Município para fazer a entrega da medalha ao nosso homenageado.

 

(É feita a entrega da medalha e do diploma.) (Palmas.)

 

Em nome da Câmara Municipal de Porto Alegre, quero fazer a entrega de uma obra comemorativa dos dez anos do novo prédio da Câmara Municipal: é uma obra de poesia e de fotos, “Porto Alegre à Beira do Rio e em Meu Coração”, dos poetas Luiz Coronel e Luiz de Miranda.

 

(É feita a entrega.) (Palmas.)

 

O SR. JOÃO DIB: Quero, também, fazer a entrega de um presente ao Dr. Milton e à sua família.

(É feita a entrega do presente.) (Palmas.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o nosso homenageado, Dr. Milton dos Santos Martins.

 

O SR. MILTON DOS SANTOS MARTINS: (Saúda os componentes da Mesa.) Srs. Vereadores; senhoras e senhores; meus amigos.

Estou realmente emocionado pela distinção que me foi conferida por esta augusta Casa, ou seja, o honroso título de Cidadão de Porto Alegre. Sei que a iniciativa do partrício amigo, Ver. João Dib, encontrou a adesão de outros amigos, e aqui já se manifestaram outros conhecidos e dignos Vereadores de todas as Bancadas desta Casa. Creio, porém, que a esta altura da vida, tendo passado por quase todas as funções e cargos do Poder Judiciário, no Foro de Porto Alegre e nos Tribunais de Alçada, Eleitoral e de Justiça, em Porto Alegre, conheci melhor também Porto Alegre, e acredito na recíproca. Em verdade, Porto Alegre foi o cenário principal e já não consigo esconder a sólida, permanente e profunda relação que se firmou entre mim e Porto Alegre. Permitam-me, assim, um breve sumário de recordações. As relações duradouras como esta, que já é sexagenária, começam pela admiração e pelo verdadeiro encantamento. Assim foi para um guri interiorano, que aqui se acomodava fascinado com prédio alto como o novo Hotel Jung ou no espaçoso prédio do Hotel Majestic, com estacionamento em rua interna. Os passeios agradáveis pela Praça da Alfândega, grandes árvores belos prédios, ou os doces na Cruz de Malta ou na Rocco. O Parque de Exposições Farroupilha enfeitiçava as crianças. Os brinquedos criavam vida pelas luzes e movimentos. Depois vem Porto Alegre do pré-adolescente, do adolescente, do ginasiano, do internato, que ensinava a viver a liberdade com responsabilidade no democrático Cruzeiro do Sul, no fim da linha de Teresópolis, que Antonio Crescente lembra bem e que o Noronha lembra bem. Passeios pelos morros e pelas praias, cinema no Glória ou no Castelo, ou mesmo o seriado no colossal Apolo, ou o futebol do Cruzeiro na Montanha, na Baixada, nos Eucaliptos, no campo do Ferrinho ou na Timbaúva, depois o Julinho, CPOR, a faculdade de Direito, morando no Centro ou na Cidade Baixa, ou no Menino Deus, ou no 4º Distrito, ou na Floresta, enfim, em quase toda a Porto Alegre. É um moço que se integra no mundo, que acompanha a vida do Estado, do País, mas sempre dentro da perspectiva de Porto Alegre, a mesma dos bailes da Reitoria e do quebra-quebra no suicídio de Vargas, que me dava o exemplo vivo do que é uma comunidade. Da psicologia das multidões que só conhecia como teoria longíqua do velho Gustavo Lebon. Era a mesma Porto Alegre onde se aprendiam as soluções da Carta Democrática de 46 e depois presenciava estupefata o golpe do Gen. Lott envolvendo o Exército em política, dizendo o Supremo, de sua vez, que contra as armas, os direitos de Café Filho nada valiam. A decepção exigia esclarecimento. Era preciso, Porto Alegre oferecia condições , continuar estudando para compreender que o Supremo da primeira República ou da época de Rui era o Supremo doutrinado pela reforma de 1926, que ainda agora procura reencontrar-se. Os parlamentos também evoluíram, mas foram igualmente prejudicados. As violentas interferências da força crua quebraram o equilíbrio da liberdade e da segurança perdendo-se a primeira a pretexto da sobrevivência. Fizeram esquecer a história das idéias, não permitiram a preparação de novos agentes políticos, não foi a preponderância do Executivo, mas a prepotência dos executores do autoritarismo que decepou os colegiados do povo e ainda, hoje, não suporta as discussões, sejam estabelecidas nas Câmaras, nas Assembléias ou no próprio Comgresso. É a contracultura política. A torre do pavor permanece com as preocupações aterrorizantes da mídia, das corporações, das regiões prepotentes da ocasião. Divulga-se sem juízo crítico, mas com sutis diferenças, a doutrina de representantes do povo. Isso desserve a democracia, serve a demagogia no estereotipar de comportamentos alienados. Na verdade, condutores políticos não representam - e muito menos para fazer - a vontade do eleitor no particular. São eles o próprio povo a decidir qual a melhor solução para cada problema; são os colégios e os seus líderes que devem saber qual a melhor decisão mais correta para a comunidade. As Câmaras Municipais são justamente os colegiados do povo mais próximos da comunidade e mais aptos para sentirem, para debaterem e tomarem as demais decisões. Não era para se estranhar, portanto que, por serem mais sensíveis, as Câmaras Municipais sempre tenham sido a ponta de lança a denunciar e proclamar decisões políticas de vanguarda em todas as matérias de sua competência constitucional ou não, mas sempre de sua atribuição como povo a exigir e a comandar. Não será por acaso atribuição da Câmara exigir e apontar solução para a miséria de nossos irmãos excluídos na marginalidade, na periferia?

Está visto que sou municipalista convicto, acreditando em soluções locais e prezando, sobremodo, poderes municipais. Pois ninguém melhor do que o porto-alegrense pode resolver os problemas de Porto Alegre. E a fidalguia da egrégia Câmara já me considera porto-alegrense também. Na verdade, a maior parte de nossa vida esteve em Porto Alegre; aqui a família, os entes queridos, os amigos solidários, aqui os colegas tão companheiros; aqui o Trabalho tão apaixonante, aqui o lazer mais aprazível.

As saídas para outros Estados ou mesmo para o exterior, todas serviram para cristalizar essa relação com Porto Alegre, porque sempre a reencontramos mais bonita, mais acolhedora.

Acredito que os senhores, como eu, nós não queremos Porto Alegre como uma grande metrópole. Queremos justamente assim: bonita, em prédios artísticos e históricos preservados, no verde com vida, acolhedora nos espaços convidativos e alegres, culta no lazer, edificante qualidade de vida para todos, sem a miséria que prova a nossa incapacidade de sentir e de sorver. Ao receber este orgulhoso título de Cidadão de Porto Alegre, que me enobrece sobremaneira, permito-me renovar os agradecimentos a cada um dos Senhores Vereadores pela honraria que trouxeram a este Cidadão Porto-Alegrense que agora tem o testemunho também dos seus amigos e parentes aqui presentes. Muito obrigado, Sr. Presidente, muito obrigado, Ver. João Dib, muito obrigado, Srs. Vereadores. Os Senhores sensibilizaram este coração porto-alegrense. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Não poderíamos, antes de encerrar a Sessão, deixar de, mais uma vez, salientar a importância dessa iniciativa do Ver. João Dib e da Casa. As palavras proferidas pelo Dr. Milton dos Santos Martins reforça a nossa convicção naquele ato de vontade que cada um dos Vereadores manifestou por ocasião da votação desse Projeto. Estamos não só diante de um homem ilustre, honrado, transparente, que exerceu com muita energia e com muita coragem a Presidência do Tribunal de Justiça, mas de um homem que honrou a todos nós rio-grandenses. Estamos, sobretudo, frente a um homem sensível, que manifestou na sua alocução o seu profundo amor a Porto Alegre e seu coração municipalista, que se expressou também nessa sua convicção, na sua trajetória de homem público que passou, também, pela condição de Vereador da sua cidade natal. Invoco o saudoso Desembargador, ex-Presidente do nosso Tribunal de Justiça, Honorino Butoli, que foi Vereador da Cidade de Porto Alegre. Hoje esta Casa viveu, e vive, um de seus grandes momentos da sua bicentenária história. Muito obrigado. Estão encerrados os trabalhos.

 

(Encerra-se a Sessão às 20h44min.)

 

* * * * *